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A História e a Geografia nos Selos
Ana Lúcia Loureiro Sampaio
Resolvi estudar novamente; há anos lido com os selos; e
há momentos em que fico meio atordoada com tantos nomes de
países que de algum tempo para cá, vejo nos selos,
se multiplicando como cogumelos. Assim, munida de Atlas e Enciclopédia
(não gosto de pesquisar na Internet) comecei hoje pela Europa.
Talvez já saibam tudo isso; mas assim mesmo, achei melhor
dividir o meu novo interesse com vocês. Estudar é como
fazer regime; junto com os outros é melhor e mais fácil.
Aceito críticas, sugestões, correções
e principalmente colaborações, sei que entre vocês
há gente que sabe muito! Nunca é tarde demais para
se aprender alguma coisa.
A História da Europa é muito longa e por muitas
e muitas vezes suas fronteiras mudaram de lugar e de nomes; precisaríamos
de anos de estudo, para poder entender tudo quanto foi acontecendo
desde o final do Império Romano, quando os primeiros países
começaram a se desprender do mesmo e a constituírem-se
como estados autônomos.
A Europa que meu pai, nascido em 1909, antes da 1ª Guerra
e da Revolução Comunista, aprendeu na escola, nas
aulas de Geografia, tinha fronteiras diferentes daquela que eu,
nascida no final da 2ª Guerra aprendi e, meus netinhos, que
hoje tem 4 anos; irão aprender. Outros países surgiram,
alguns, que meu pai chegou a conhecer e, eu não; e outros
que nós nem pensávamos que pudessem existir um dia.
Para nós filatelistas, os que mais nos interessam são
estes novos países que começaram a surgir após
a morte do Marechal Tito em 1980, quando começa o desmantelamento
da Iuguslávia, na Europa Meridional, na Península
dos Balcãs e, também no final do Regime Comunista
com a extinção da União Soviética
em 26 de dezembro de 1991, que dominava Europa do Leste e parte
da Ásia.
Como a Península dos Balcãs, na Europa Meridional,
ganhou agora, em fevereiro de 2008 um novo país; porque
finalmente Kossovo tornou-se independente, vamos começar
por este grupo interessantíssimo, de países de diversas
etnias e religiões, que compunha a Iuguslávia Governada
pelo Marechal Tito desde 1946 até 1980.
Começaremos com a Eslovênia, o mais ao norte de
todos, onde a antiga Iuguslávia fazia fronteira com a Itália,
a Áustria e a Hungria.
A Eslovênia é uma república democrática
presidencialista, de 20.251 km² que faz fronteiras ao leste
com o norte da Itália, ao norte com o sul da Áustria,
ao nordeste com o sudoeste da Hungria e o ao leste e ao sul com
o norte e nordeste da Croácia, ao sudeste, entre o litoral
do norte da Itália e do oeste da Croácia, tem um
pequeno litoral de apenas 45 km no mar Adriático.
Os eslovenos (das tribos eslavas) instalaram-se na região
entre o século VI. No século IX passam a ser governados
pelos alemães da Baviera; entre os séculos XIII
e XX passam para o Império Austro-Húngaro e no fim
da 1ª Guerra Mundial o integram-se ao Reino dos Sérvios,
Croatas e Eslovenos, que em 1929 passa a se chamar Iuguslávia,
até ter sua independência declarada em 25 de junho
de 1991. Tropas federais iuguslavas invadem o país, mas
logo há um cessar fogo patrocinado pela União Européia
e o país se reconstrói sob o governo de Milan Kucan
(1 º presidente) eleito em 1990 e reeleito em 1993 e 1997.
Em 2003 a Eslovênia passa a fazer parte da UE (União
Européia) e da Otan e em março de 2004 passa a fazer
parte também do bloco econômico europeu e o euro
é adotado em janeiro de 2007.
Pelo recenseamento de 2006 levantou-se uma população
de 2.000.000 de habitantes, tendo 91 % de eslovenos, 3,5 % de
croatas, 2,5 % de sérvios e o restante de outras nacionalidades.
O idioma falado oficialmente é o esloveno; mas falam também
húngaro e italiano. A grande maioria da população
é cristã com 81% de católicos, 10% de outras
religiões cristãs; 1,5% são muçulmanos,
o restante não tem religião, sendo que 5% se declaram
ateu.
A Eslovênia é a mais desenvolvida das ex-repúblicas
iuguslavas. Ao norte, concentra-se a maior parte da população
e das atividades agrícolas e industriais: extração
de carvão, central nuclear, indústrias metalúrgicas,
eletrônicas e têxteis.
A seguir temos a Croácia, mas esta é uma outra
história que fica para uma outra vez.
Espero que todos gostem e aproveitem; tanto quanto eu gostei
e aproveitei estudando, pesquisando, resumindo e passando para
vocês os novos conhecimentos que acabo de adquirir, para
melhorar um pouco o meu desempenho filatélico, pois é
bem chato ter que lidar com países que não entendemos
direito. Foi uma tarde de domingo tão gostosa, que nem
vi o tempo passar.
Vamos ver se este ano aprendemos mais sobre os novos países
do mundo; antes que tudo mude novamente. Até a Croácia,
meus queridos.
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