MAGALHÃES LIMA VISTO ATRAVÉS DA LITERATURA E
DA FILATELIA
Sebastião de Magalhães Lima
é natural do Rio de Janeiro (Brasil), nascido a 30 de Maio de 1850 e faleceu em
Lisboa em 7 de Dezembro de 1928. Era filho de Sebastião Carvalho Lima e de uma
senhora Brasileira da alta Burguesia de nome Leocádia Rodrigues Pinto de
Magalhães. Seu pai emigrou para o Brasil em busca de uma vida melhor,
regressando a Portugal mais tarde e fixando-se com a família em Eixo (perto de
Aveiro). Magalhães Lima fez os seus estudos em Lisboa, Porto e Coimbra,
formando-se em Direito no ano de 1875. Era um homem com uma cultura acima da
média para a época. Em Coimbra conviveu com toda a famosa geração doas anos 70.
Ai sempre se distinguiu pelas suas convicções republicanas e os seus dotes
oratórios Era um republicano muito patriota, lutando sempre pelo ressurgimento
de uma nação moderna. Exerceu a advocacia nos anos de 1875 a 1879, o que deixou
para se dedicar de corpo e alma ao jornalismo profissional. Foi Director do Jornal
Comércio de Portugal nos anos de 1879 – 1880. Fundou o jornal O Século
em 1881 desempenhando o cargo de Director até ao ano de 1196. Foi também
responsável pelo jornal A Folha do Povo no ano de 1898 e do jornal A
Vanguarda nos de 1898 a 1911. Escreveu ao longo da sua vida diversas obras
tanto de literatura como de propaganda dos seus ideais republicanos. Foi várias
vezes candidato a deputado republicano e membro da Direcção do Partido
Republicano Português. Participou em diversos congressos Nacionais e
Internacionais, propagando e defendendo sempre os seus ideais republicanos numa
perspectiva de um Portugal mais desenvolvido, cujas principais divisas eram a
Liberdade, Igualdade e Fraternidade. No ano de 1907 foi eleito foi Grão-Mestre
da Maçonaria Portuguesa, após a implantação da
Republica, cargo esse que desempenhou durante 21 anos consecutivos. No ano de
1910 foi convidado juntamente com José relvas a desempenharem uma importante
missão diplomática aos Países de França e Inglaterra, que após a Proclamação de
Republica em Portugal estes dois países não tinham nenhuma intervenção sobre
Portugal. No ano 1919, foi condecorado com Torre e a Espada, e mais tarde em
1922 fundou a Liga Portuguesa Para os Direitos do Homem. No ano de 1923 Teófilo Braga propunha-o como candidato á
Presidência da Republica, proposta que Magalhães de Lima não aceitou. Magalhães
Lima envelheceu com muitas de amarguras e muitos descontentamentos relacionados
com a política que governava o Pais naquela época. Numa das suas últimas mensagens
em Março de 1928 como Grão-Mestre da Maçonaria, dizia o seguinte:
«Não pode
apelidar-se Pátria a um País minado por ódios vesgos, uma terra onde medram as
ambições, as invejas, as vaidades e a ganância sórdida.
Pátrio é sinónimo de Liberdade. Onde está a Pátria aí está também a Liberdade.» Nas
comemorações do quinquagésimo aniversário da sua morte os CTT de Portugal
emitiram uma emissão de selos, alusiva a essa efeméride.
1978 - 50 ANOS DA MORTE DE MAGALHÃES LIMA
Desenho: Dos Serviços Artísticos dos
CTT
Impressão: Offset na INCM
Folhas de 50 selos: 5 x 10 selos
Circulação: De 7 DEZ 1978 a 31 DEZ 1983
Tiragem: Selo de 5$00 – 5.000.000
Papel: Esmalte «F»
Denteado: 12 X 11 ½
Bibliografias
Consultadas:
Ensaios
de História da 1ª Republica Portuguesa de A.H. de Oliveira Marques
Portugal
Contemporâneo – Edição das Selecções do Reader´s Digest
Diversas
Enciclopédias Sobre a História de Portugal
Dicionário
Houaiss – Sinónimos e Antónimos – Círculo de Leitores – Edição 2007
Catálogo
de Selos Postais e Marcas Pré-Adesivas – 2010 - Afinsa Portugal – 26ª Edição
Pagelas
dos CTT de Portugal
Elaborado
por Américo Rebelo
Julho
2010